Há quase duas dezenas de anos, um grupo de freamundenses, animado de grande fervor bairrista, preparou a candidatura de Freamunde a concelho. O trabalho foi feito e enviado para as instâncias lá de cima. Estas instâncias leram a papelada e transformaram-na num objecto burocrático que enviaram à origem para cumprimento das formalidades que a lei impõe para a fase seguinte. Iniciados os trabalhos desta fase, iniciaram-se, em simultâneo, os trabalhos de boicote do PSD a esta aspiração dos freamundenses, tendo por elementos mais activos deste boicote, exactamente, freamundenses.
Os inimigos de Freamunde moram cá, mascarados de freamundenses.
É pura redundância dizer que o PSD conseguiu derrotar o velho anseio de Freamunde à independência e que será sempre seu firme opositor. Pela sua natureza economocista, o PSD não se prende a valores comunitários ou anseios populares. Os seus interesses são sempre partidários e das castas que representa, tal como as multinacionais que apenas olham para o lucro próprio, não para os países onde actuam.
PSD à parte, a comissão promotora da candidatura, concluído o trabalho, sentou-se para descansar da fadiga e nunca mais se levantou até hoje. Era de todo desconhecido que o projecto de um concelho derreasse tão dramaticamente os seus promotores, mas derreou e os pobres coitados ainda sofrem de dores na espinha das costas por terem levado o esforço longe demais. Perante tão longa recuperação de forças, é caso para dizer que Freamunde vai ser um concelho de peso, menos pelo número de freguesias, mais pelo acervo cultural, dinamismo associativo, força económica e relacionamento internacional.
Para que esta magnífica comissão regresse às suas funções rapidamente, cada freamundense deve invocar os veneráveis ídolos da sua crença, para que todos, em conjunto, lhe revigorem a energia, ansiosos que estamos de lhes confiar o nosso destino. Entretanto, quem sabe, contra todas as conjecturas e intenções duvidosas, não estará a comissão, no silêncio e no resguardo do olho público a preparar voos mais altos, quiçá um distrito, ou qual D. Afonso Henriques, um país?
De comissão tão valorosa todos os feitos são possíveis. É nossa obrigação aguardar pacientemente as suas erupções, mas também é verdade que nós, a plebe, estamos em ânsias por sermos vistos e falados acima da ralé de Paços de Ferreira.
Olhos e ouvidos atentos, que de um momento para o outro poderemos ter notícia de abertura de telejornal e primeira página dos diários: “Freamunde capital de distrito”, “Freamunde o mais novo Estado da Europa”. Esta comissão é mesmo à nossa moda!
Freamunde Livre
Permita que altere o tiulo deste post para : "O ETER EVAPOROU-SE COMO CONCELHO "
ResponderEliminarSIM, PORQUE FALAR EM CONCELHO DE FREAMUNDE SO PODE SER ALGUM FENOMENO FISICO-QUIMICO TENDO O ETER COMO CENTRO DAS ATENCOES.
A.A.C.M.
ahahahahahahah
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