Especial: comunicado da CDU

Solução para a Junta: DEMISSÃO DO PRESIDENTE

A possibilidade de um acordo entre o PSD e o PS e CDU está definitivamente encerrada. O PSD não abdica de ter 3 elementos na Junta, condição que lhe daria um poder semelhante ao do anterior mandato; o PS e a CDU não abdicam de ter na Junta 2 PS, 1 CDU conforme o eleitorado determinou na votação de 11 de Outubro. Se os eleitores quisessem o PSD sozinho na Junta ter-lhe-iam dado a maioria absoluta, não quiseram e indicaram outras forças para a sua constituição.

Não há nada de errado neste desacordo, é uma circunstância própria da democracia, o que não significa que Freamunde, por sua consequência, tenha de ficar sem Junta. Quando estas circunstâncias ocorrem há soluções para elas. A solução, neste caso, passa por novas eleições e pela entrega do diferendo ao povo para que este o resolva. Em última instância, é sempre o povo que deve resolver estes problemas através do seu voto em tantas eleições quantas forem necessárias, caso contrário, não há democracia, ou há uma violação da democracia.

É falsa a ideia de que novas eleições são uma despesa insuportável e um transtorno muito grande. Nem são despesa, nem são transtorno face à sua enorme vantagem de movimentar politicamente as pessoas e clarificar as situações. A realização de novas eleições é fundamental para resolver o problema da Junta e interessar mais o eleitorado pelos problemas da terra e incitá-lo à participação na vida autárquica, participação que é muito pequena, por acção do PSD no seu afastamento da vida autárquica, facto sobejamente demonstrado quando, no anterior mandato, a CDU desenvolveu uma intensa luta pela realização de assembleias extraordinárias que levassem à assembleia de freguesia os freamundenses para debaterem os assuntos e problemas de Freamunde, contribuindo com as suas ideias e pareceres para o desenvolvimento da terra. Acção que mereceu da parte do PSD uma oposição total. O PSD não gosta do povo.

A assembleia de freguesia de 5 de Março deixou-nos a ideia de que o Presidente da Junta se prepara para continuar sozinho até ao fim do mandato. Tal atitude significa um inacreditável desprezo pela população de Freamunde e pelas regras democráticas que é de todo inaceitável. Freamunde necessita do máximo de contribuições de freamundenses para o seu desenvolvimento, que deste modo ficam impedidos de o fazer. Serão quatro anos perdidos, o agravamento dos problemas será monstruoso, a degradação social e política atingirão níveis insuportáveis.

Uma análise imparcial da situação mostra-nos que só há duas saídas para a crise política que impede a constituição da Junta: a demissão do presidente da Junta ou a demissão conjunta das listas do PS e da CDU. A saída mais digna e mais democrática é a demissão do presidente José Maria Taipa abrindo, com este acto, a realização de eleições intercalares. A demissão das listas do PS e da CDU só deverá ocorrer, a nosso ver, depois de esgotadas todas as outras possibilidades e como último recurso, após um ano das eleições de 11 de Outubro. Nos dois casos, a responsabilidade está inteira no lado do PSD. É este partido que, com a sua conduta, determinará o desfecho da crise.

Tendo como certo que o acordo entre partidos não é possível, facto que não constitui nenhum drama, e que nenhum deles pode ser condenado por defender as suas posições, nem serem obrigados a aceitar as condições contrárias, face a esta situação de irredutibilidade mútua, devemos partir para as soluções disponíveis de forma a darmos aos freamundenses a sua Junta e Assembleia de Freguesia em plenitude de funcionamento. Todas as movimentações que levem ao protelamento sucessivo da crise terão o nosso desacordo.

Entendemos que cada partido tem direito à sua verdade. Em simultâneo, entendemos igual direito ao contraditório. As divergências são próprias dos confrontos partidários, mas não podem obstruir o funcionamento democrático das instituições. Freamunde não pode estar por muito tempo sem Junta e Assembleia de Freguesia. Esgotada a primeira via da constituição autárquica, devemos partir para a etapa seguinte: eleições intercalares. As eleições de 11 de Outubro foram anuladas pelo desacordo entre os partidos. Só novas eleições resolverão este problema. O povo é o juiz supremo. Razão para apelarmos ao presidente da Junta que pondere a sua demissão a bem de Freamunde.


Freamunde, 18 de Março de 2010

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CDU - Freamunde

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A DEMISSÃO DO PRESIDENTE DA JUNTA É A SOLUÇÃO DO PROBLEMA PELA VIA DEMOCRÁTICA

AS ELEIÇÕES SÃO INEVITÁVEIS

ARRASTAR A PRESENTE SITUAÇÃO POR TEMPO INDETERMINADO É UM PREJUIZO ENORME PARA FREAMUNDE DA RESPONSABILIDADE EXCLUSIVA DO PSD

A DEMISSÃO DO PRESIDENTE DA JUNTA É UM IMPERATIVO DEMOCRÁTICO!

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CDU - Freamunde


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Esclarecimento

Publicamos o desenho da controvérsia para acalmar ânimos de fervura rápida e raciocínio taxativo. Este desenho apenas pretende significar o sectarismo do presidente da Junta, que só vê o PSD e nada mais. Aliás, uma simples olhadela mostra-o à evidência. A fotografia com este desenho que ilustra o post “5 de Março de 2010”, assim como o texto, é uma sátira, estilo pouco apreciado ou incompreendido por alguns visitantes do blogue que deixaram comentários sobre ele pouco amistosos e com interpretações do desenho que não correspondem ao seu real significado. Aceitamos que a redução do desenho ao tamanho que tem na fotografia lhe tenha tirado pormenor e induzido em erro algumas pessoas. Deste facto pedimos desculpa e, por tal razão, publicámo-lo em tamanho maior para que as dúvidas se desvaneçam, pois nunca houve, da nossa parte, qualquer intenção de fazer conotações nazis com o presidente da Junta. A direita é antidemocrática por natureza, mas nem toda ela pende para o nazismo.

O elemento do desenho que deu lugar às más interpretações é um conjunto de 4 setas, (insígnia do PSD), em forma de hélice, que dispersa o seu movimento em todas as direcções, procurando exprimir uma totalidade PSD que, como tal, não deixa espaço para outras forças políticas. Resumidamente, foi isto que procuramos significar com o desenho.

Sobre esta questão, foi curioso o afã de um comentador, de exaltação fácil, que conseguiu descobrir uma lei, nos labirintos da Wikipédia, que explica o «crime» que cometemos, obviamente, sem explicar coisa nenhuma, como é próprio de muitas leis promulgadas pelos próprios autores ou pela roda de amigos e seguidores que lhe bebem a «jurisprudência».

O desenho aqui fica como prova da nossa inocência que é um facto, e contra factos não há argumentos, segundo a sabedoria popular. A autenticidade do desenho pode ser provada em tribunal, ao que parece, o sítio para onde o comentador anónimo nos quer enviar, em nome do presidente da Junta e a seguir para a cadeia ou para o desterro.

Já começamos a ter saudades de Freamunde!


Freamunde Livre