18 dezembro, 2010

Bairrismo, ou reaccionarismo?



Criou-se em Freamunde uma ideia reaccionária de bairrismo que consiste em esconder a realidade com o pregão de maravilhas inexistentes. Quem gritar mais alto a superior qualidade de tudo o que existe nesta terra, mesmo que não preste, é o maior freamundense, aquele tem o direito exclusivo de falar e de exercer censura sobre aqueles que têm uma visão mais realista da situação e das condições existentes e que falam de maneira diferente, com ideias diferentes.

A competição entre eles é grande, tentando suplantar-se uns aos outros. A demagogia bate recordes impensáveis. Procuram uma estátua a todo o custo ou a menção honrosa de nome de rua. Partiram Freamunde em dois. De um lado, eles, os bons, que só dizem maravilhas da terra; do outro lado os maus, que só dizem verdades que incomodam os bons e lhes denunciam o descaramento impostor ou, em último caso, lhes desnudam a insuficiência mental para um juízo crítico isento e realista.

Estes bairristas ferrenhos vivem de imposturas e representam o papel mais sujo e mais negativo da sociedade local. A sua acção imobilizadora faz de Freamunde a freguesia que menos cresce no concelho. Quem se der ao trabalho de dar uma volta pelas freguesias e que possua algum conhecimento das suas condições de há trinta anos atrás, verifica que todas elas tiveram um desenvolvimento relativo muito superior a Freamunde.

Este bairrismo fanático tem origem no poder e interesses da direita e funciona como seu instrumento ideológico. Se observarmos, constatamos a sua influência censória sobre a liberdade de opinião e expressão, quer oral, quer escrita, muito ao gosto de todas as direitas.

A ausência de massa crítica e a ocultação da opção partidária sentidas nesta terra, ocorrem em resultado de um mecanismo repressivo montado pelo PSD através do domínio institucional, político e económico de Freamunde. Para confirmação do que é dito, veja-se como a propaganda dos bairristas interessa ao PSD quando proclama que Freamunde é a terra mais desenvolvida do mundo. Com esta publicidade estão a dizer que a gestão autárquica é de competência inexcedível, tendo colocado Freamunde no topo do progresso e onde, para fastio dos seus habitantes, já não há mais nada a fazer, pois já está tudo feito e bem feito. A perfeição foi atingida.

Esta propaganda subliminar funciona com elevado grau de eficácia. Por aqui se pode concluir que os bairristas fanáticos são dos principais instrumentos da política de direita, recebendo dela um carinho maternal.

Contudo, Freamunde está muito mal em todos os aspectos da vida social. A gritaria e o fundamentalismo bairrista não mudam a realidade.
  
Para se ter uma ideia do nível mental e cultural desta gente não é preciso ir muito longe, basta ir ao post anterior “Feira dos Capões e Capoas” e ler o comentário do snr. Bruno ou ir ao blogue “Coisas que podem acontecer”.

Saber ler não é apenas conhecer os símbolos alfabéticos e reuni-los na formação de palavras. A interpretação do texto é que nos dá o pensamento do seu autor, é ela que nos permite tomar conhecimento da sua mensagem tal como ele quis que fosse entendida. A escrita possui estilos e quem escreve tem o seu estilo próprio, a sua forma peculiar de comunicação. Saber perceber um autor obriga, muitas vezes, a uma experiência de leitura nem sempre possuída por alguns leitores. Esta iliteracia não permite entender o texto e conduz a erros de interpretação. Foi o que aconteceu com os dois casos citados relativamente ao post, como facilmente se pode verificar. Acresce-lhes a esta incapacidade a ausência de uma visão de conjunto das carências de Freamunde por confronto com um desenvolvimento moderno suportado num urbanismo adequado à região e às necessidades sociais.

É assim o bairrismo alienado que tanto jeito dá à direita, atrás descrito. É notória a sua incapacidade para o debate e a intolerância com ideias diferentes.

É necessário saber-se que o texto em questão é uma ficção, com recurso à ironia e a diversos contrastes na pretensão de alguns efeitos humorísticos. Neste sentido, a sua leitura não deve ser feita à letra, sob pena de se ler quase tudo ao contrário. O próprio título, para os mais letrados, já constituía indicativo de que se tratava de um texto mais a brincar que a sério, pois não existem capoas, como é evidente. Também não estamos a ver muita gente a levar a sério a legenda que demos à fotografia do capão pronto a ir para o forno com que ilustramos o post e outras frases. Saber ler é importante, sobretudo quando nos dispomos a fazer comentários públicos sobre o que lemos.

Os blogues estão sujeitos à lei de imprensa. São um meio de comunicação social e, como tal, têm responsabilidade na matéria publicada.

Para quem não sabe, é da ética jornalística a menção da origem das citações feitas nos textos publicados. O blogue “Coisas que podem acontecer” tem todo o direito de fazer as críticas que quiser aos posts publicados por “Freamunde Livre”, que nós agradecemos, mas deve dizer qual a origem das frases citadas para conhecimento do público e respeito autoral. Não vamos discutir o teor da crítica que nos é feita por não lhe encontrarmos motivos de interesse, vamos apenas elucidar os leitores sobre a descontextualização das citações que conduz à total deturpação do seu sentido.

Mesmo quem não possua experiência de análise literária ao cotejar os dois textos comprova que o sentido original das frases não é respeitado. Nesta condição, as frases citadas adquirem o significado que o citador lhe quer dar. A este acto chama-se desonestidade intelectual e é deontologicamente reprovável, uma vez que escrever num blogue é fazer jornalismo e a ninguém é dado o direito de falsificar o pensamento de outra pessoa para uso de interesses pessoais ou fazer demagogia barata.

A inexistência de debate político em Freamunde criou um vazio cultural que é manifesto nas reacções de alguma gente. Não possuem argumentação razoável, baseiam-se sempre nos mesmos chavões e no enterrar da cabeça na areia para não verem as realidades. Tudo isto desemboca no bairrismo reaccionário conhecido, que é o maior obstáculo ao desenvolvimento de Freamunde.

É importante saber e aceitar que todas as instituições e figuras públicas são criticáveis em sistema democrático. A liberdade de opinião e expressão existem constitucionalmente para permitir esta prática, fonte de progresso material e desenvolvimento humano. Em Freamunde, algumas pessoas convivem mal com esta norma e tentam silenciar todos aqueles que pretendem contribuir com as suas ideias e opiniões para tornar Freamunde numa cidade moderna e socialmente evoluída. O primado do pensamento só não se aplica aos burros, mas aplica-se a uma comunidade disposta a transformar-se para melhor. Sem pensamento, ideias, opiniões, debates não há desenvolvimento possível.

Como nota final, e para dar uma ideia do nosso comportamento socialmente inalterável e politicamente activo e coerente, declaramos que não lambemos o cu a ninguém, deixamos essa tarefa a outras línguas. 

Freamunde Livre


3 comentários:

  1. Pela sua ordem de ideias, das 8000 pessoas de Freamunde, 7999 pessoas são umas burras, e existe apenas uma inteligente.... Sr Renato!! ahh ahhha hhha aaaahhh ah ah ah ah aaaahhhh aaaahhhhh ah ah ah ahhhhhhh aaaahhhh ahah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ah ahaaaahhhhhhhhhhh aaaaaahhh ah ah ah ah ah ah ah ah................................................................................................................................................................aha ah ah ah ah ah ah ahaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhh ah ah ah!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


    Vai à merda pá!!!!!!!!!!!!!!

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  2. Ao Sr. do comentário anterior... com comentários desses só reforça mesmo essa estatística por si descrita...

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  3. Associar bairrismo à direita só mostra que você desconhece o simples conceito de direita e esquerda, deve achar que direita é coisa de burguês e esquerda de proletário..... Ridículo

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