08 janeiro, 2011

Até o B. I. já é negócio



A histeria controladora dos EUA é tão cega que os levou ao crime de ataque às torres gémeas de Nova Iorque para justificarem intervenções ainda mais criminosas noutros países a coberto da segurança pública e do combate ao terrorismo internacional. Se este combate fosse a sério, o Estado norte-americano implodia, sabido há décadas que o centro do terrorismo mundial está nos EUA e que o Bin Laden é um fantoche ao seu serviço, melhor dizendo, uma máscara para as actividades terroristas americanas.

Este primeiro parágrafo já deu a honra, a este post, de ser recolhido e analisado pela CIA e FBI. Não acreditam, mas é verdade. Não lhes passa pela cabeça como o mundo está a ser controlado. Os meios informáticos que utilizamos, como os mails, blogues, etc., actualmente são facílimos de fiscalizar de forma automática. As principais empresas que fornecem estes serviços de onde são? Americanas, claro!

Até o seu telemóvel conspira contra si. Não confie muito nele. Mesmo desligado transmite as suas conversas. A privacidade e a liberdade são, cada vez mais, uma ilusão. O que lhe vale a si é não ter qualquer importância política e social, de contrário, mijar fora do penico poderia trazer-lhe grandes dissabores.

A pouca vergonha e o autoritarismo imperialista dos EUA deu-lhes a lata de pedir, na realidade, obrigar o Governo português a fornecer-lhe os dados biográficos, biométricos, ADN, fotografias, impressões digitais, residência, todas as informações relativas a cada português. O Governo, com a solicitude que lhe é conhecida em relação aos grandes, lá vai mandar para a Assembleia da República, para aprovação parlamentar, a ordem que EUA lhe deu. A aprovação não suscita dúvidas, o trio de direita encarregar-se-á de lhe dar o sim em nome de todos os portugueses sem lhes perguntar se estão dispostos a ceder os dados da sua cidadania a uma potência estrangeira que abusa em crimes contra a Humanidade. A consciência dos governantes e parlamentares não lhes dói por ausência de alojamento para a dor.

O que o Governo português vai fazer, com a aprovação da AR, é crime. O trio de direita, PS, PSD, CDS, vai vender todos os cidadãos portugueses aos EUA, ressuscitando o antigo e lucrativo comércio negreiro. Está no sangue dos traficantes portugueses o negócio de escravos. Na falta de pretos vendem os brancos.

Isto é ultra-nazismo.

Vender a nossa individualidade e a nossa intimidade a estrangeiros é uma monstruosidade que nem ao Salazar passou pela cabeça. Mil vezes preferível vender o território que as pessoas. O ser humano não é transaccionável e não é violável. Quando se ultrapassam estas fronteiras, que o pensamento humanista e a civilização do conhecimento estabeleceram como princípios basilares da sociedade, entra-se no domínio do crime. Governo e Parlamento, ao entregarem ao império americano o povo português, igualam-se, para pior, ao traidor Miguel de Vasconcelos que explorava os portugueses em benefício dos espanhóis. Se a história se repete, há quem o diga, seria uma alegria ver os traidores actuais atirados pela janela, tal como foi Miguel de Vasconcelos em 1 de Dezembro de 1640.

Para que quer os EUA os dados do povo português? Não é difícil a resposta: subjugação e controlo. Os impérios são assim: subjugam, controlam, exploram, humilham. A independência nacional, já fortemente abalada pela EU, terminará com a entrega do BI dos portugueses aos americanos. São assim as democracias representativas: compram e vendem o que não lhes pertence pelo preço que lhes convém, com o álibi de que estão mandatadas para os actos. Uns quantos ministros e uns quantos parlamentares fazem de dez milhões de portugueses o que lhes apetece. Significa isto que as cabeças de dez milhões de pessoas valem tanto como a cabeça de um boi, que perante a circunstância de valer tanto como tantas cabeças humanas se limita a comentar: - Muuuuu – continuando a ruminar placidamente a palha que comeu, indiferente à demência dos homens, ou talvez não. Os colossais peidos de metano que envia para a atmosfera cheiram a vingança bovina. Não desprezemos a atitude. Eles também querem respeito.

O Governo vai cometer um crime contra a nossa nacionalidade, mas poucos ou nenhuns portugueses se incomodam com isso. Estamos globalizados. Não temos terra nem Pátria, mas somos ricos de miséria material e mental.

Este rectângulo fúnebre que é Portugal, por se igualar ao formato de uma urna, beneficia de um horizonte marinho que dá aos vivos a sensação do infinito e aos mortos a mortalha da eternidade. Sem o mar a lamber-nos a costa, este país do tamanho de uma freguesia de um país decente, seria apenas a reserva zoológica de uma espécie de primatas em extinção.

Finalmente, devemos exigir do Governo, no caso dos dados serem transaccionados em moeda, que cada um de nós receba a parte correspondente ou que a abata nos impostos, sem falcatruas, como é habitual nas contas das Finanças.

Finalmentemente, que o Governo nos explique se continuamos aqui, ou se vamos todos trabalhar para as culturas do algodão.

Finalmentementemente, que o Governo nos explique se continuamos portugueses, ou passamos a ser americanos. A escravidão precisa de saber a que dono pertence.

Freamunde Livre


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